Nas sociedades modernas estamos cada vez mais tempo sentados, nos transportes públicos, no trabalho, nos cafés e em casa.
O hábito adquire-se cedo, especialmente a partir da escola, onde as crianças entre os 6 e os 16 anos passam em média 4 a 5 horas por dia sentadas.
O sedentarismo tomou, assim, conta da nossa vida. Não apenas vivemos sentados como caminhamos muito pouco e corremos ainda menos. Usamos o automóvel para nos deslocarmos e usamos o elevador para subir um lanço de escadas.
O sedentarismo é responsável por uma série de problemas de saúde, como as doenças cardiovasculares, as diabetes, a osteoporose, a lombalgia, a obesidade, o cancro e a fragilização geral do sistema imunitário. O cérebro também sofre com a nossa falta de exercício.
Estas diversas patologias, podem conduzir a uma brutal perda de qualidade de vida e, em última instância, contribuir de forma decisiva para a morte do organismo (segundo a Organização Mundial de Saúde, os estilos de vida sedentários estão entre as dez principais causas de mortalidade, estimando-se que sejam responsáveis por cerca de 2 milhões de óbitos anuais em todo o mundo).
A falta de exercício torna o cérebro preguiçoso e mais indefeso. Uma pessoa fisicamente ativa consegue sentir-se com melhor disposição psicológica, sofrendo menos estados de ansiedade, angústia e stress. Efectivamente, a atividade física aumenta a produção de serotonina (e outros químicos que existem no cérebro) que melhoram a transmissão entre as células do cérebro.
Assim, uma forma de preservar a lucidez até mesmo na velhice é, para além de uma mente ativa, manter o organismo em acção, evitando o sedentarismo.