quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Sacos de plástico servem de colchões para sem abrigo

Aqui está um projeto bastante interessante que nos enche de esperança num mundo melhor.

Um grupo de senhoras voluntárias do Tennessee recolheu cerca de 52 mil sacos de plásticos usados e transformou-os em colchões para a comunidade sem-abrigo da região.

Este grupo junta-se todas as semanas numa igreja, e em conjunto tentam dar uma nova e útil vida a sacos de plástico que acabariam no lixo ou abandonados algures. E para algumas destas bem-feitoras reutilizar este material em prol daqueles que mais precisam é quase aditivo: “Chega um momento em que percebemos que estamos a fazer a diferença na vida de alguém e depois queremos fazer cada vez mais para ajudar!" - comenta uma das voluntárias.

O processo de transformar um saco de plástico em colchão passa por várias fases: primeiro corta-se os sacos em pequenas tiras para depois se criar um pequeno “novelo de plástico”. Por fim, tal como se de uma peça de croché se tratasse, vai-se puxando o cordel num jogo de linhas e contra linhas de pedaços de plástico. Resultado final? Um colchão feito com plástico, mas repleto de amor.

Os colchões mantém a humidade afastada, criam calor e são confortáveis e macios para dormir.

Em média para fazer um colchão de adulto são necessários cerca de 600 sacos. Só este ano, este projeto já conseguiu fazer mais de 90 colchões, o que dá um número impressionante de 54 mil sacos reutilizados!

Um projeto feito graças à dedicação e empenho destas senhoras, muitas delas já com uma idade avançada. 


Uma iniciativa que nos inspira profundamente e que prova que todos juntos somos muito mais.

Green Savers





segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Metade das causas de morte no nosso País, tem relação direta com a nossa alimentação

Na conferência sobre o Plano Nacional da Saúde que decorreu em Loures, esta segunda-feira, o diretor-geral da Saúde avisou que quase metade dos portugueses adultos tem hipertensão, sendo o consumo de sal uma das principais causas para aquela doença crónica. O excesso de calorias, as gorduras de fabrico industrial e o açúcar são apontados também como tendo relação direta o aparecimento de doenças.

O aumento da esperança média de vida saudável e a diminuição da mortalidade precoce (antes dos 70 anos) são duas das quatro grandes metas definidas no Plano, que contempla ainda objetivos mais dirigidos às gerações mais jovens, um deles é a redução da prevalência do consumo de tabaco na população com mais de 15 anos e a eliminação ao fumo ambiental, enquanto o outro é o controlo da obesidade na população infantil para que não aumente em relação aos valores atuais.

Segundo a DGS, as melhorias de vários indicadores de saúde, que se registaram até 2008, desaceleraram a partir dessa data e até 2012, coincidindo com o período de crise, o que pode dificultar algumas metas previstas no Plano Nacional de Saúde.
Jornal de Notícias, 19 de setembro de 2016




domingo, 11 de setembro de 2016

Este ano vais ser o melhor aluno "bora lá"? - Prof. Jorge Rio Cardoso

Estive a ler a entrevista que o Professor Dr. Jorge Rio Cardoso deu à revista Visão e não resisto a partilhar convosco algumas ideias que constam no seu novo livro "Este ano vais ser o melhor aluno".


Principal missão: combater o insucesso escolar e promover a cidadania, defendendo que "a escola e os pais devem preparar as crianças para serem bons cidadãos e investir nas competências relacionais e cívicas.”

"Também se sentia desmotivado quando era aluno ou tinha outro tipo de dificuldades?
Eu tive insucesso escolar e reprovei no 4º ano e no 7º ano. Foram experiências marcantes e, nessas idades, tendemos a pensar que os outros, pais e professores, já não gostam de nós. Felizmente, encontrei o atletismo, que me trouxe competências novas, como a disciplina, a capacidade de cumprir horários, de respeitar o treinador e de adiar a gratificação. Foi também a oportunidade de vencer medos e arriscar, de dizer o que pensava. O sucesso escolar veio a partir daí."

"O que é isso de ser o melhor aluno?
A intenção é comparar-se consigo próprio e não com o melhor da turma. Isso gera frustração. Mais do que ter conhecimento interessa saber pensar com imaginação e resolver problemas em conjunto. E isso aprende-se desde pequeno, com hábitos de estudo e outros, como aprender a respirar, a exercitar o corpo, a dormir com regras e, claro, a brincar no meio disso tudo. A programação do estudo começa logo no primeiro ciclo, com técnicas para organizar apontamentos e preparação para os testes, que deve ocorrer algumas semanas antes das avaliações."

"As queixas de pais e professores sobre a irrequietude das crianças têm razão de ser?
Há que desmistificar: a energia, nos miúdos, é uma coisa positiva. O que não é positivo é querer que tenham notas altas a todo o custo, muitos a poder de medicamentos, ou estarem de volta dos filhos a fazer os trabalhos de casa por eles, com prejuízo da autonomia."

"Quais são as principais dificuldades que encontrou nos alunos, de norte a sul do País?
O não saberem programar-se. Chegam à véspera dos exames com um amontoado de folhas, ainda por cima mal escritas, e começam a ficar com suores frios. Logo no arranque do ano é essencial que aprendam a equilibrar os tempos de estudo e de lazer. A vida dos alunos com bom rendimento escolar não se resume, nem pode, a aulas, TPC e preparação para avaliações."

"O que determina o sucesso escolar?
Os miúdos precisam de confiar e de acreditar neles, na sua motivação intrínseca, para investirem tempo e atenção no estudo. E de ter hábitos de trabalho e método. Nenhuma criança consegue ter sucesso escolar se estiver triste ou deprimida e se a sua vida for só escola e estudo. Para viverem a cidadania as crianças precisam de ter equilíbrio emocional, reconhecer e gerir as suas emoções e perceber que o mundo não gira só à volta delas. São essas as bases da cidadania, que se aprende cedo na família: partilha de tarefas, respeito mútuo e regras. Caso contrário, a criança estranha que alguém lhe venha impor regras na escola quando os pais não o fazem."

"Voltamos ao que é ser um melhor aluno. Quer acrescentar alguma coisa a esse respeito?
Os adultos devem preocupar-se menos com o TER e ensinar a criança a SER. Colocá-la em contacto com desportos, artes, museus, voluntariado. Se o modelo de ensino for orientado só para a competição, quando os jovens entrarem no mercado de trabalho não sabem cooperar. O objetivo último é a cidadania, e se fossemos mais longe, podia resumir-se a esta pergunta: “Como é que quero ser reconhecido depois de morrer?” Como “uma boa pessoa” ou por deixar muita coisa?"


Deve efetivamente ser um excelente livro, que faço questão de ler. Subscrevo inteiramente as suas ideias, o futuro da educação tem que passar cada vez mais por aqui.
Fico feliz porque na escola onde leciono uma das principais preocupações é a cidadania, valorizamos os nossos alunos pelo que eles são, pelos seus interesses e motivações, só depois vem os resultados escolares.


"ninguém aspire à perfeição, que ela não traz coisa boa, para lá chegar é preciso uma frieza de fora do homem e não haveria então coração de homem com que amar a própria perfeição" - Fernando Pessoa







segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Artista utiliza os brinquedos da Playmobil para representar atletas paralímpicos e modalidades

O "Paratoys" foi criado pelo artista visual Heberth Sobral e o projeto representa as 23 modalidades e atletas paralímpicos utilizando bonecos da Playmobil. 
Esta iniciativa teve ainda mais impacto, uma vez que Heberth utilizou bonecos estragados e descartados pelos seus donos para "fabricar" esta ideia.
O “Paratoys” contou com a parceria do Comité Paralímpico Brasileiro e com a colaboração e consultoria de José Luiz Martins.
In Público, 29 de agosto de 2016